quarta-feira, 29 de junho de 2011

Só agradeço

    Agradeço a vida pelo maior degrau que já alcancei: A auto-estima e o positivismo. Explicando melhor, cansei de ver pessoas se afundarem por inúmeros motivos, a maioria fúteis, providos de sentimentos mesquinhos ou falta de controle sobre os mesmos. Eis que aprendi  “na marra” a me garantir, a ficar bem, em estado de plena paz com todos os pesares que possam aparecer, pois percebi que sábio é aquele absorvei só as coisas boas do meio onde se encontra, afasta as ruins, e vive em harmonia consigo porque encara os problemas como desafios, e as mágoas como coisas insignificantes que se originam da ignorância alheia, logo as perdoa, torna-se maior que elas.
    Quando te decepcionares, tendendo a afundar-te, perceba que isso nunca levou e nem lavará ninguém a qualquer resultado bom, pois é impossível pensamentos negativos serem retribuídos com positivos, é uma questão óbvia. Tratas a vida com estupidez e depressão, é com vibrações deste nível que terás a resposta.
    Falando um pouco de mim (o que eu odeio fazer), digo que venho a “encerrar minha adolescência”, alegoricamente afirmando, com este marco: o positivismo que eu enxerguei e agarrei como estilo de vida, e nunca o largarei. Aprendi a aproveitar o dia, a amar a vida com todos os problemas dela, pois eles são extremamente necessários para que possamos nos desenvolver, são provas e expiações que fazem quase todos sofrerem pois não compreendem que tudo isso é passageiro, e ser negativo não te leva à nada.  Então o meu recado, principalmente aos adolescentes, é para que criem vergonha na cara e parem com esse papo de depressão, de vida difícil e tudo mais, pois são vocês que escolhem isso; Uma vez que és o que pensas, és o que desejas e não há ninguém além de você responsável e culpado pelos teus problemas, portanto os resolva de cabeça erguida, com humildade, com fé, com pensamentos positivos e um sorriso no rosto, pois a cada nascer do sol tens infinitas oportunidades de ser feliz, de crescer.
    Portanto não tornem difícil o que é pra ser simples, belo e maravilhoso em essência: A VIDA.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Um salto

             Eis que surge uma idéia, um desafio. Subo uma rampa, dou alguns passos, estico os braços, um pulinho e encaixo a mão no topo do muro, sinto sua textura áspera, e uns pequenos arranhados que acabaram por surgir rasgando mais um pouco da fina camada quase dormente de minha mão, sem problema algum; Apoio os pés na parede e à impuro ao mesmo tempo que forço meus braços erguendo meu peito sobre a aventura. Puxo para cima do muro o pé esquerdo, não mais tardar o direito; Encontro-me de pé.  Me controlo para não temer às possíveis falhas, me contenho para não bambear as pernas, para a respiração não sair do ritmo de tranqüilidade, enfim, tudo sobre controle, pois sei que disso sou capaz.
                (...)Encontro-me de pé, olho para a grama, talvez  verde como o mar em um dia gelado de inverno, eis a estação que me cerca nesse momento, não mais fria que minhas mãos agora. O chão está perfeito para o pulo, sem problema algum se for seguido de rolamento. Penso: “ao lado ou depois da pedra?, ok...é lá onde vou parar”. Me decido... torno-me cego, tudo branco ao meu redor, ou quem sabe tudo preto? Já não importa; Fico surdo... os carros se silenciam, vozes se calam, o mundo se resume ao meu foco, à minha paixão de voar por alguns maravilhosos instantes.
Mas ainda estou de pé,  e por que diabos? Confie ora! Sinceramente, sou CAPAZ de fazer isso ? Sim, então farei!
Confiro a aderência da sola do tênis com o muro e o posiciono de maneira bem firme para uma impulsão, uma última respiração bem longa, e estendo as pernas com a maior velocidade possível, junto com o levante dos braços, estou no ar. Em seguida puxo os joelhos no peito, arrumo os braços à frente do corpo e absolutamente focado movimento, aproveito o movimento, sinto o que se passa no meu corpo, a adrenalina, enquanto vejo o  chão se aproximar de mim. Enfim a ponta dos meus pés tocam-no,vou dobrando levemente os joelhos enquanto minhas mãos encostam na grama se sujando com um pouco de barro e absorvendo
grande parte do impacto. Em seguida desço o ombro direito, rolo rapidamente e já me levanto com o embalo. E NO MESMO SEGUNDO que finalizo o salto, faço uma breve análise do salto, Consegui realizar o movimento como imaginara? Tudo ocorreu bem? Sim, pois como sabia: EU SOU CAPAZ.
(...)
“Uma singela, discreta e eufórica comemoração estoura dentro de mim.”